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OFICINAS DE ÁGUA

A água, elemento essencial da vida, é muito importante a ser considerada em um projeto. Por onde a água da chuva escorre no terreno? Que caminhos ela faz enquanto desgasta a terra e arrasta as folhas? Que canos subterrâneos levam a água que cai do telhado? E a que sai pela torneira? De onde vem a água que usamos para lavar as mãos e matar a sede?

Para discutir o lugar de construção do novo canto da escola, alunos e professores levaram os arquitetos a um passeio pelo terreno, mostrando e observando como a água se comportava e onde ela aparecia. Foi divertido andar pela escola, jogar água na canaleta para ver o caminho que o líquido percorria, bem como descer a trilha até o riozinho.

Depois dessa breve excursão foi feita outra, mais longa. Guiados pelo Luís, do Projeto Rios e Ruas, com a ajuda de uma bússola e um mapa, descobriu-se o divisor de águas mais próximo da escola – na rua, poucos metros distante do portão principal. O Luís contou muitas coisas sobre os rios da região. Depois, observando a vegetação e a topografia, foi encontrada, ainda, uma nascente no terreno do seu Josias, ao lado da escola.

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“Descobri novos percursos de água, tem até um que atravessa o refeitório”

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"Foi interessante descobrir que dá para saber onde passa a água, só pelas plantas que lá habitam”

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"Para descer até o riozinho, tinha muitos lugares escorregadios, e então derrapava muito"

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"Em muitas descidas, eu deixava meu pé firme em cima e ia descendo com o outro, porque era mais fácil fazer assim. Então, eu descia, e se alguém precisasse de ajuda, eu ajudava"

"Teve uma hora que eu fui ajudar, usei minha técnica, mas não deu certo, eu acabei escorregando”

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"No caminho, encontramos uma árvore de espinhos, ela estava em uma descida escorregadia, aí era difícil!"

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“Foi bom saber onde não poderemos usar a água e onde poderemos utilizá-la, pois no riozinho, tem uma parte em que o esgoto é despejado"

GALERIA DE FOTOS - DESENHOS DOS ALUNOS: ÁGUAS NA ESCOLA

registros

A nascente e o rio

[Texto coletivo do primeiro ano]

 

 

Na sexta-feira, nós do primeiro ano, junto com o Fefa e o Luís, procuramos nascente de rio, que também é de mar, porque a água é infinita e os rios sempre vão para o mar.

A gente estava no grupo de nono ano e foi legal porque os grupos de nono ano não foram todos juntos, foram três por vez.

Começamos no Espaço Ágora falando assim: os rios estão em todos os lugares e eles procuram caminhos longos e buracos porque nunca querem morrer. O Luís explicou que a nascente é uma coisa muito importante para a Escola e para todo o mundo, e o que acontece com a água aqui, acontece na cidade de Cotia, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Brasil, na Argentina e em todo o mundo. Ela sempre está em algum lugar e está sempre se movimentando pelo chão, ou, caindo da nuvem.

Fomos para a rua e vimos a bússola, ela sempre aponta para o Norte.

A gente foi para a mata pesquisar o rio. Tinha bastantes árvores cortadas e outras inteiras. Uma delas, bem linda, estava partida ao meio, uma parte caiu e outra, não.

Quando a gente joga a água perto da rua de pedra, ela vai perto do banheiro da parte de baixo da Escola. Vai por um cano e aparece perto da Fábrica de Terra. Quando tem um cano furado, é difícil de achar.

Achamos bem bonita a mata e gostamos de descer até a nascente. É bem mais fácil do que descer até o riozinho.

A nascente tinha uma água bem bonita, era lamacenta e limpa, parecia suja só de terra e de alguns lixos.

O mapa mostrava os rios de São Paulo e mostrava a cidade. Mas, as pessoas andaram e andam prendendo os rios e jogando lixo neles. E, quando a gente prende um rio, ele acaba estourando os canos, ou a prisão dele, porque ele quer fazer uma curva e sair.

Os rios não gostam de cachoeiras porque, passando por elas, eles morrem mais rápido, quer dizer, chegam mais rápido no mar. E o mar é o momento que o rio morre. O rio quer passear, fazendo curvas, andando mais devagar, desviando das coisas.

A gente foi num lugar que tinha muita lama e grudava o sapato. A lama é o lugar que mais faz rio. O rio faz a lama e a lama faz o rio.

Nós achamos que da nascente saía a água, mas é a chuva que começa o rio.

 

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