O Canto de Leitura foi a grande obra de intervenção do quinto e sexto anos. Os estudantes dessas turmas reuniram-se, em vários momentos, para projetar um espaço aconchegante, onde pudessem ler, ouvir histórias e relaxar durante as aulas e horas livres.

​

No início do processo, as turmas foram organizadas em grupos, com alunos das duas séries, para proporem ideias para o Canto. Usando elementos de baixo custo, além de materiais já disponíveis na escola, os estudantes apresentaram desenhos propositivos com a projeção espacial, alguns já apontando, inclusive, sugestões de mobiliário.

​

Em um passeio pela escola, cada grupo mostrou o local que havia imaginado para a construção. Discutiu-se sobre algumas características que o lugar deveria ter, como: ser tranquilo, não interferir em outros espaços de aulas e brincadeiras, instalar-se em relevo favorável, entre outros fatores que facilitariam a obra.

​

Decidido o local, foi a hora da "mão na massa": limpar o terreno, usar enxada e pá para remover material orgânico que se depositava em excesso, transportar esse material no carrinho de mão, nivelar o piso, fazer escadas de acesso ao local e, até, cortar troncos que estavam caídos, para transferi-los e aproveitá-los numa espécie de muro de contenção. Essa atividade foi marcante e surpreendente, pois muitos quiseram participar das machadadas a fim de partir as toras, o que foi motivo de grande comemoração e orgulho.

​

Depois de muito suor, o espaço tomou forma. As árvores delimitam o local numa espécie de pilar natural. Os alunos trançaram uma corda em volta de duas delas, formando como que uma parede, resguardando o espaço e favorecendo a concentração para as atividades a serem realizadas. Com o ambiente já delimitado, o trabalho caminhou mais facilmente. Poderemos, ao longo de seu uso, enxergar o que pode ser aperfeiçoado. Os bancos, feitos de troncos de árvores da própria escola, foram colocados e pintados para compor com a mata ao redor, unificando-os. 

​

Quantas construções internas aconteceram no decorrer dessa obra? Incalculáveis...